domingo, 10 de julho de 2011

Ardendo



  Rasgou minha pele; escreveu seu nome a ferro quente em meu peito. Seu sorriso paralisou cada centímetro de meu corpo.
  Com os dedos acariciou suavemente meus cabelos, então fez a terra me engolir e no mesmo instante me mostrou a Luz. As cicatrizes antigas aos poucos vão clareando, vão sumindo. Mas eu sei que uma marca maior vai me acompanhar quando meus olhos se abrirem.
  Agora a voz está me confundindo e querendo me queimar; parece loucura, no entanto é reconfortante. 
  Por favor razão suma daqui, só volte quando amanhecer.
  Sim, eu sei que vai ser pior quando acordar, mas por enquanto deixe está chuva arder; deixe-a consumir cada gota de preocupação e me fazer esquecer por hoje que existe algo além de nos.