Ó gloriosa, que inspira os amantes
A boémia, o crime sagaz,
Esconde em teu ventre escuro
O panteão dos esperançosos.
Quero meus lábios úmidos deleitar
Na pele de Eros em espasmos;
Sobra dos hipócritas o acusador olhar
Que nada podem com os desejos.
Cibele provedora, por tal benção não declines
Ao teu namorado Saturno teu farto coloE que de sua ganância te salvem os Curetes!
Demora ao menos um momento a jornada de Hélios
Para que meu corpo se anestesie, para que meus sentidos expirem
Nos braços fortes, nos suaves gostos.
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Releitura de "Invocação à Noite - Bocage"