quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tentemos; obrigada!

   

   Não precisa se preocupar, por mais que eu queira encontrar o teu abraço sei que existe um penhasco entre nos. A mudança está vivida, espero que a felicidade te acompanhe seja lá onde você for; estou seguindo para algum lugar também, tentando descobrir o que tem lá.
   Só não pude parar de pensar em como as coisas são estranhas, essa vida não pará de me surpreender querido. Se me permite, gostaria de pedir para não mais temer as possibilidades e para abandonar o passado, mesmo que isso me sopre com ele.
   Estamos na virada, sempre aprendemos algo novo com as coisas impensadas. Se alguém merece a solidão este alguém é o que redige este texto; cada gota é uma lembrança, um erro e uma questão pessoal, coisas que só este caminho pode me ajudar a resolver. Então não fique só; suas palavras são sempre minha inspiração.

ps: A corda não mata, ensina: após o sagrado Mistério da Morte há o glorioso Mistério da Ressurreição.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Despedida



    Você está em meus braços. Olho seu rosto suado e tento te entender. Por que fez isso com você, porque fez isso com nossas vidas?
   As velas tremem e meu coração desata em lágrimas desesperadas, você me deixou sozinha na chuva. Essa chuva de desgasto em que não importa quanto eu corra, não encontrarei mais ninguém. Me falou que estava mal, que precisava encontrar respostas. Sua resposta me deixou em um beco sem saída meu amor.
   A corda que te abraça agora me prende para toda a vida e as palavras que eu tanto queria te dizer ainda estão em minha garganta, pois você resolveu fugir antes que pudessem sair. Ambos sabemos que isso não podia durar para sempre, mas a vida não é um jogo, não podemos apertar um botão e recomeçar; você não vai recomeçar, vai?
   Minha cabeça doí, meu ar está gélido como seu corpo e meu grito já não tem mais ouvidos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Desabafo

  

   Entramos na tempestade que você já esperava e minha espontaneidade desencadeou. Escuto suas palavras, sempre tão suaves, elas tiram de mim a culpa e tentam me convencer que tudo foi como deveria. Eu não sei até que ponto você está correto agora.
   Ela reagiu de maneira duvidosa e você está tão assustado, ou será que sou eu? Queria te dar um pouco de esperança e as respostas que procura, talvez seu sorriso infantil voltasse. Mas Aquele sorriso, não qualquer um por puro disfarce. 
   Penso em me aproximar, escolho fugir. O que é melhor para você? O que é melhor para mim? O que é melhor para nós três? Quão sinceras são as palavras que vão além de nós dois, pra quem ela pede perdão? Por quem você quer ser lembrado, amado?
   São tantas questões e, por mais doloroso, sei que não serão respondidas. Estou gritando do jeito que posso; vamos tentar fazer da tempestade algo bom? Quero ver o arco-iris. 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Permita-se

   
   As vezes nos sentimos perdidos e confusos na maré do tempo, acreditamos que a vida já não tem mais o que nos oferecer. Mas de repente, como chuva de verão o cenário muda e as paredes cinzas recebem luz. 
   Deixei o vento Sul entrar e com um beijo lhe pedi para não mais ir;  amar é a arte de doar cada sopro de nossas vidas a alguém; aproveitemos então, a roda do ano girou mais uma vez, queimemos tudo de que não mais precisamos:  vergonha, mentira, dor. Tudo agora pode ser um momento sem medida, basta deixar as Salamandras guiarem seu coração e o tolo evitar.
   Vamos nos apaixonar, rir dos nossos erros e acreditar mais uma vez no pra sempre, afinal a eternidade está nos segundos de um sorriso.