sexta-feira, 19 de agosto de 2011

19/08

   

    Este dia eu dedico aos mortos em vida, a aqueles que vagam sem rumo e desvanecem pouco a pouco com o compasso do relógio.
   Faço isso pois aprendi que não há dor maior do que o necrosar da alma e a fadiga da emoção. Sim, estamos fadados à perda absoluta; ora perdemos um ser querido, ora perdemos a nós mesmo, ora perdemos o chão que nos sustenta.
   Deve estar a resmungar e apontar quão obscuros são meus versos caro leitor, mas isso em nada me comove. Deve aceitar a veracidade de minhas palavras para compreender o marasmo disto que chamam viver.
   Faço por ultimo um brinde ao fim! Que seja degustado em garfadas fartas e que pouco tarde, pois já estou cansado deste lugar.